Cidade
Interativa e com curadoria permanente, Cidade da Música é inaugurada em Salvador
Museu completamente audiovisual tem estúdio profissional para artistas em ascensão e salas de karaokê, com clipes e efeitos especiais
Foto: Milena Araujo - Metropress
A Cidade da Música, no bairro do Comércio, em Salvador, vai abrir as suas portas para o público nesta sexta-feira (24). O espaço, inaugurado na quinta (23), poderá ser acessado das terças-feiras aos domingos, das 10h às 17h, com permanência até as 18h. Com capacidade diária de 150 pessoas, o agendamento prévio deve ser realizado no site do museu.
Os ingressos são vendidos no valor de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), para estudantes, idosos (acima de 60 anos) e residentes em Salvador (deverão apresentar comprovantes de residência individuais). Nas quartas-feiras, a entrada será gratuita.
As exposições completamente audiovisuais, que contam a história da música, artistas e compositores baianos, são praticamente todas interativas. O espaço conta com documentários, salas com diversas atividades para todas as idades e uma “gincana do conhecimento”, com quizz (questionários). O acesso ao terceiro, e último, pavimento, é permitido apenas para aqueles que alcançaram 40 pontos, respondendo às perguntas do quizz nos primeiros andares.
“O museu moderno é sempre de interatividade. E a gente está falando de música. Música é uma coisa muito sonora, tem a ver com tecnologia. Esse museu não tinha como não ser um museu audiovisual. Só assim para você ter tanta história da música da Bahia. As histórias são a principal coisa. Então, o que a gente priorizou aqui foi contar essas histórias diferentes, tanto as clássicas, de grandes movimentos, grandes artistas, quanto a de quem está fazendo e vivendo da música aqui na cidade de Salvador”, explicou ao Metro1 o curador do museu, Gringo Cardia.
Entre as salas interativas, há um três cabines de karaokê, onde as pessoas podem gravar clipes das suas performances, com efeitos especiais, e recebê-los por e-mail, além de serem expostos em uma tela no local. Para os artistas, que desejam trilhar ou expandir o caminho profissional, existe também um estúdio disponível para gravações de músicas dentro do próprio espaço do museu. Os interessados poderão, em breve, se inscrever em um site ainda em elaboração. Os critérios de seleção ainda não foram divulgados.
Segundo Cardia, a Cidade da Música foi desenvolvida, também, para incentivar novos músicos baianos. Estes poderão, inclusive, ser adicionados no repertório do museu nos próximos anos. “A ideia aqui é que a cada ano sejam produzidos mais vídeos falando de mais personalidades, de músicas novas que vão aparecendo. É um museu em constante transformação porque a música é muito dinâmica”, declara.
O museu traz histórias de todos os bairros de Salvador, relacionando-os com artistas que vão de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Gal Costa, Raul Seixas e Ivete Sangalo a Vandal de Verdade, Simone & Simaria, dentre outros diversos músicos que fizeram história e os que estão surgindo, eternizando e ampliando a cena cultural de Salvador.
Quarteirão da Cultura de Salvador
De acordo com o secretário da Cultura e Turismo de Salvador, Fábio Mota, o museu faz parte de “um projeto audacioso” para movimentar a cultura da cidade. Segundo ele, além da Cidade da Música, cerca de 5 milhões de documentos do arquivo público da capital baiana serão recuperados e digitalizados para serem expostos no Museu da Cidade de Salvador. Ele vai ser localizado também no Comércio, formando o “quarteirão da cultura da cidade”.
No mesmo projeto, também vai ser construído um anfiteatro com capacidade para 500 pessoas e uma escola de música, informou Mota. “No anfiteatro vão se apresentar os novos artistas que na Cidade da Música serão revelados e os artistas que a gente já tem na cidade. Depois, nós vamos construir a escola técnica voltada para toda a área da música e da cultura da cidade de Salvador. Aí vai completar o ciclo da música da Bahia, com o museu, o anfiteatro e a escola”, disse.
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