MP do TCU pede suspensão do salário de militares indiciados por trama golpista

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MP-TCU) solicitou que sejam suspensos  os salários dos 25 militares investigados pela no inquérito da trama golpista de 2022.

O subprocurador-geral Lucas Furtado, responsável pelo pedido, alega que o Estado não pode arcar com a remuneração de iniciados por crimes graves como organização criminosa e tentativa de golpe de Estado.

“A meu ver, não se mostra razoável e legítimo que o Estado continue a dispender valiosos recursos públicos com o pagamento de régias remunerações a esses indivíduos agora indiciados por esses graves crimes, que podem somar penas privativas de liberdade de até vinte e oito anos”, escreveu o subprocurador-geral.

Caso o pedido seja acatado, R$ 675,4 mil em salários deixaram de ser descontados mensalmente dos cofres da União. As remuneração dos militares indiciados vão R$ 10 mil a R$ 37,9 mil.

Estão relacionados no pedido de suspensão de vencimentos militares de alta patente indiciados pela Polícia Federal. Os generais Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e Augusto Heleno são alguns deles, assim como outros militares da reserva com patentes de coronel, tenente-coronel, subtenentes, majores e capitães.