Brasil
“Certamente alguém pôs fogo”, diz chefe do Parque Nacional da Serra
De acordo com o biólogo e chefe do Parque, Ernesto Viveiros de Castro, esse é o pior incêndio de toda a história do Parque
Foto: Divulgação/Parnaso
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), na região serrana do Rio de Janeiro, uma das diversas unidades de conservação do país, também sofre com os incêndios florestais que assolam o país. O chefe do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Ernesto Viveiros de Castro, disse que “certamente alguém pôs fogo” no local.
“Tanto a Polícia Federal como o ICMBio possuem investigações abertas. A gente só consegue fazer a perícia depois de apagar o fogo. Mas a origem mais provável são as áreas rurais vizinhas ao parque. E, sendo assim, é uma prática criminosa porque não é permitido fazer queimada nesse período. O que podemos dizer é que não existe registro de incêndio natural nesta região. Não temos registro de raios há meses aqui. Então certamente alguém pôs fogo. A questão é se foi intencional ou não”, disse Ernesto, em entrevista à Agência Brasil, nesta segunda-feira (16).
A Polícia Federal e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) possuem investigação aberta para determinar a causa dos incêndios, mas somente após o fim do incêndio é que a perícia entrará em campo para dar suporte às investigações.
O ICMBio informa que combate 80 focos de incêndio em todo o estado do Rio de Janeiro. No monitoramento por satélite realizado pelo órgão, foram registrados 978 focos em território fluminense desde janeiro. Já é o maior volume em um único ano desde 2014, quando houve 1.283 registros.
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