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Em fase de testes, vacina contra a cocaína é produzida por pesquisadores da UFMG

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Em fase de testes, vacina contra a cocaína é produzida por pesquisadores da UFMG

Uma vacina confeccionada por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) pode ser capaz de criar anticorpos contra a cocaína e bloquear os efeitos da droga. Conforme os pesquisadores, os testes estão sendo feitos com o objetivo de ajudar no tratamento de dependentes químicos.[Leia mais...]

Em fase de testes, vacina contra a cocaína é produzida por pesquisadores da UFMG

Foto: Divulgação

Por: Paloma Morais no dia 20 de novembro de 2017 às 16:10

Uma vacina confeccionada por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) pode ser capaz de criar anticorpos contra a cocaína e bloquear os efeitos da droga. Conforme os pesquisadores, os testes estãos sendo feitos com o objetivo de ajudar no tratamento de dependentes químicos.

“Na verdade, a cocaína não é identificada pelo nosso sistema imune porque ela é uma molécula muito pequena. Então, a gente precisa ligar moléculas grandes para o sistema imune ʹolharʹ para a cocaína e ʹfalarʹ assim: ‘você não é bem-vinda aqui’. O que esta molécula faz é tornar a cocaína uma molécula pouco bem-vinda no organismo”, explicou o pesquisador Frederico Garcia, coordenador do Centro de Referência em Drogas da UFMG.

A partir daí, as células de defesa do organismo, os glóbulos brancos, passam a produzir anticorpos contra a cocaína. "Então, toda vez que a cocaína entra na corrente sanguínea, estes anticorpos se ligam à cocaína e não se desligam. E, aí, impedem que ela entre numa barreira protetora do cérebro”, contou Garcia.

O estudo é desenvolvido desde 2013 pelo Núcleo de Pesquisa em Saúde e Vulnerabilidade. A vacina passou por testes em ratos e está liberada para estudos em macacos, fase que irá sinalizar se há a possibilidade do experimento ser feito em humanos.“A gente acredita que até junho do ano que vem já consiga começar a pesquisa em seres humanos. Isso levaria dois a três anos até a comercialização”, diz Garcia.