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Rui ‘denuncia’ débito de R$ 140 mi de ministério do PP, mas nega ‘ruído’ com o partido

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Rui ‘denuncia’ débito de R$ 140 mi de ministério do PP, mas nega ‘ruído’ com o partido

Em meio às especulações de que o PP, presidido na Bahia pelo vice-governador João Leão, poderia passar para o lado do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), o governador Rui Costa (PT) tentou botar panos quentes na situação, nesta sexta-feira (15), durante a inauguração do Hospital Costa do Cacau, em Ilhéus, mas atacou a principal pasta chefiada pelo partido no governo federal. [Leia mais...]

Rui ‘denuncia’ débito de R$ 140 mi de ministério do PP, mas nega ‘ruído’ com o partido

Foto: Camila Souza/ GOVBA

Por: Matheus Morais e Evilásio Júnior no dia 15 de dezembro de 2017 às 11:37

Atualizado: no dia 15 de dezembro de 2017 às 11:41

Em meio às especulações de que o PP, presidido na Bahia pelo vice-governador João Leão, poderia passar para o lado do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), o governador Rui Costa (PT) tentou botar panos quentes na situação, nesta sexta-feira (15), durante a inauguração do Hospital Costa do Cacau, em Ilhéus, mas atacou a principal pasta chefiada pelo partido no governo federal.

Perguntado pelo Metro1 se haveria dificuldade com outros integrantes da base em ter a sigla na chapa, em função do apoio nacional ao presidente Michel Temer (PMDB), o petista minimizou a tensão com os pepistas, mas “denunciou” que o Ministério das Cidades, comandado pela legenda, deve R$ 140 milhões de repasses para as obras dos corredores viários e expansão da linha 2 do Metrô da capital.

“A mim não dificulta nada [ter o PP na chapa]. Ao contrário, eles têm tentado me ajudar, no que resta de interlocução. O que deveria ser padrão, virou exceção na relação com o governo federal. […]  Eu, inclusive, já acionei a Procuradoria [Geral do Estado] para buscar judicialmente o cumprimento da lei e, se necessário for, eu vou acionar o Tribunal de Contas da União, porque tem um regramento. Tem um julgado do TCU de que os ministérios têm que seguir a ordem de fatura na hora de pagar os estados e municípios”, reclamou Rui, ao pontuar que o Estado tem custeado a continuidade das execuções para que elas não sejam interrompidas.

O Ministério das Cidades é chefiado pelo deputado federal licenciado Alexandre Baldy, que trocou o Podemos pela legenda progressista, em uma articulação para que o PP retomasse o controle da pasta.

Apesar da queixa pública, Rui voltou ao discurso de que a aliança com os pepistas baianos segue sem interferência da questão nacional. “Mas não tem nenhum ruído com o PP. A relação com o PP e com o meu vice, João Leão, está ótima, e com toda a bancada do PP. O que tem na base é um direito legítimo de disputar uma vaga na majoritária e eu fico feliz por isso. Triste do time que não tem craque no banco para querer ser titular. Tem time que está assim, que está caçando candidato porque não tem jogador querendo jogar no time. Está doido querendo contratar do time adversário, porque no time dele não tem jogador bom o suficiente para ganhar a partida”, provocou, sem citar nome, mas em clara referência a ACM Neto, ao que foi emendado pelo senador Otto Alencar (PSD), que arrancou risos da plateia presente ao evento: “Mas nesse time aqui está todo mudo com o passe preso”.

De acordo com o ex-presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Nilo (PSL), nos bastidores da AL-BA já é dado como certo que o filho do pepista, o deputado federal Cacá Leão, está fechado com o democrata e que, em um evento recente em Itaberaba, ao lado de Rui, ele não mencionou a presença do governador.

“Eu nunca vi isso na minha vida e, obviamente, foi um ato político. Todos os deputados do lado carlista dizem que Cacá Leão está fechado e eu nunca vi um desmentido dele com clareza. Depois do que eu vi no palanque, achei que as fofocas são verdadeiras”, cogitou.