Em tentativa de conseguir votos, Temer diz que reforma da Previdência ʹnão é muito amplaʹ

Com dificuldade para conseguir o voto de pelo menos 308 deputados para aprovar a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (21), em um evento no Palácio do Planalto, que a reforma "não é muito ampla".

Diante da insatisfação de aliados com o texto aprovado pela comissão especial da reforma, o governo federal começou a articular, junto ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), uma versão mais simples da proposta.

Temer ressaltou nesta terça, que dentre as poucas alterações nas regras atuais, a reforma irá estabelecer uma idade mínima de aposentadoria: 65 anos para homens e 62 para mulheres. Ele também afirmou que a nova versão da reforma irá igualar o sistema público e privado de Previdência.

"Quando os senhores verificarem na televisão, uma certa publicidade, não se trata disso, trata-se de esclarecimento. As manifestações equivocadas quanto à reforma têm sido muito amplas. O que temos feito é dizer: olha, vamos fazer uma reforma que vai trazer vantagens para a Previdência Social, mas ela não é muito ampla. Temos o limite de idade e vamos equiparar o sistema público e privado", discursou Temer.

"Temos que esclarecer o que precisamos fazer para podermos sobreviver nos próximos anos. Se não fizemos a reforma da Previdência, podemos entrar em climas de países da europa que deixaram para muito tarde [as reformas previdenciárias] e quando tiveram que fazer tiveram que cortar 40% das aposentadorias", complementou o presidente.