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Operação Carro Fantasma: ex-prefeito de Remanso é preso por esquema de ʹcorrupção generalizadaʹ

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Operação Carro Fantasma: ex-prefeito de Remanso é preso por esquema de ʹcorrupção generalizadaʹ

Por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da 2ª Promotoria de Justiça de Remanso (BA), o Ministério Público da Bahia (MP-BA) deflagou na manhã desta terça-feira (21) a operação \"Carro Fantasma\", que prendeu o ex-prefeito do Município de Remanso, Celso Silva e Souza. [Leia mais...]

Operação Carro Fantasma: ex-prefeito de Remanso é preso por esquema de ʹcorrupção generalizadaʹ

Foto: Divulgação

Por: Matheus Simoni no dia 21 de novembro de 2017 às 11:34

Por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da 2ª Promotoria de Justiça de Remanso (BA), o Ministério Público da Bahia (MP-BA) deflagou na manhã desta terça-feira (21) a operação \"Carro Fantasma\", que prendeu o ex-prefeito do Município de Remanso, Celso Silva e Souza. Também foram presos o irmão irmão do prefeito e ex-secretário de Administração e Finanças Arismar Silva e Souza, além de seis vereadores, incluindo o presidente da Câmara de Vereadores, Cândido Francelino de Almeida.

Ex-vereadores, servidores públicos e um empresário foram alvo do MP. Segundo os promotores de Justiça, o grupo está envolvido em uma organização criminosa instalada na Prefeitura de Remanso durante a gestão passada e é suspeito de operacionalizar um esquema de corrupção generalizada por meio de fraude em processos licitatórios para locação de veículos para as secretarias do Município. Durante a operação, foram cumpridos 12 mandados de prisão preventiva, seis de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão.

Ainda de acordo com o MP, a operação \"Carro Fantasma\" tem como objetivo reprimir delitos praticados contra a administração pública, a partir de licitações e contratos realizados nos anos de 2013 e 2016. Os procuradores estimam que, durante o período investigado, os integrantes do grupo desviaram cerca de R$ 13 milhões por intermédio da empresa JMC Construtora, Comércio e Serviços Ltda, que tem como sócio-administrador o empresário José Mário da Conceição, o Mazinho, também alvo de prisão preventiva.

Além disso, segundo os promotores de Justiça, o dinheiro público foi utilizado para custear gastos particulares, dívidas de campanha e compra de apoio político. Eles registram ainda que muitos dos veículos sublocados pela JMC estavam em nome de \"laranjas\" e beneficiavam vereadores e outros políticos. Na manhã de hoje, também foram apreendidos documentos, celulares, computadores e veículos de luxo.

A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Investigação (CSI), Centro de Apoio Operacional às Promotorias Criminais (Caocrim), Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção à Moralidade Administrativa (Caopam), da Promotoria de Justiça Regional de Juazeiro, promotores de Justiça dos estados da Bahia, Piauí e Pernambuco, das Polícias Rodoviária Federal, Civil e Militar que auxiliaram no cumprimento dos mandados nos municípios de Remanso e Araci, na Bahia, São Raimundo Nonato, no Piauí, e Petrolina, em Pernambuco.