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Lava Jato encontra arquivos que confirmam ordens de pagamento à cúpula do PMDB

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Lava Jato encontra arquivos que confirmam ordens de pagamento à cúpula do PMDB

A Procuradoria-Geral da República (PGR) encontrou no sistema eletrônico da Odebrecht, enquanto buscava provas para corroborar os depoimentos dos delatores da empresa, arquivos originais com os nomes do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e do ex-ministro Geddel Vieira Lima. [Leia mais...]

Lava Jato encontra arquivos que confirmam ordens de pagamento à cúpula do PMDB

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Por: Laura Lorenzo no dia 22 de outubro de 2017 às 08:20

A Procuradoria-Geral da República (PGR) encontrou no sistema eletrônico da Odebrecht, enquanto buscava provas para corroborar os depoimentos dos delatores da empresa, arquivos originais com os nomes do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Também foram localizadas pela PGR ordens de pagamentos, o que fez com que a Procuradoria descartasse a possibilidades de fraude na criação dos arquivos.

Os relatórios da Secretaria de Pesquisa e Análise (SPEA), órgão técnico da PGR, foram produzidos por um perito criminal entre os dias 27 de julho e 8 setembro deste ano. Os dois peemedebistas foram citados em uma planilha no sistema da Odebrecht que os associava aos codinomes "Fodão" e "Babel", respectivamente Padilha e Geddel. A Procuradoria encontrou ainda arquivos originais com programações de pagamentos para o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) e os ex-deputados Eduardo Cunha (RJ) e Henrique Alves (RN), todos do PMDB.

Os relatórios da PGR apontam que os peemdebistas estavam identificados através de codinomes, e por isso dependem de depoimentos para serem vinculados à pessoas. Os investigadores, contudo, defendem que importância da descoberta dos arquivos está no fato de mostrar que foram criados e modificados na época dos repasses delatados, e não forjados recentemente. Mesmo assim, a existência dos arquivos não comprova a entrega do dinheiro aos políticos.

Todos os peemedebistas citados – Padilha, Moreira, Cunha, Geddel e Alves – são apontados nas delações como operadores de arrecadação de recursos da empreiteira para o PMDB, e os três últimos estão presos.