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Condenado no Mensalão, Marcos Valério assina acordo de delação premiada com a PF

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Condenado no Mensalão, Marcos Valério assina acordo de delação premiada com a PF

O empresário Marcos Valério Fernandes, que foi condenado a mais de 37 anos de prisão no processo do Mensalão, fechou um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal. A delação foi assinada no dia 6 de julho, mas a informação só foi divulgada nesta quarta-feira (19). [Leia mais...]

Condenado no Mensalão, Marcos Valério assina acordo de delação premiada com a PF

Foto: Agência Brasil

Por: Paloma Morais no dia 19 de julho de 2017 às 14:30

O empresário Marcos Valério Fernandes, que foi condenado a mais de 37 anos de prisão no processo do Mensalão, fechou um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal. A delação foi assinada no dia 6 de julho, mas a informação só foi divulgada nesta quarta-feira (19).

Marcos Valério foi transferido na noite da última segunda-feira (17) para a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), em Sete Lagoas, em Minas Gerais. Antes, ele cumpria pena na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG). A determinação foi do juiz da Vara de Execuções Penais de Contagem Wagner de Oliveira Cavalieri.

'Tal sentenciado é presumidamente possuidor de inúmeras informações de interesse da Justiça e da sociedade brasileira, motivo pelo qual inegável o interesse público em suas declarações sobre fatos ilícitos diversos que envolvem a república', disse o juiz justificando a transferência.

A defesa do empresário já tinha afirmado que os documentos que Valério possuía iriam comprovar o recebimento de propina por alguns políticos e partidos, além de apresentar empresas responsáveis por fazer e repassar pagamentos aos partidos. Ao G1, o advogado Jean Robert Kobayashi Júnior disse que não irá se manifestar porque o assunto deve ser tratado com 'muita cautela'. Mas, afirmou que a delação de seu cliente envolve o mensalão tucano, além de 'outros assuntos'.

De acordo com a PF, o processo foi encaminhado para o Supremo Tribunal Federal (STF). A homologação do acordo está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF) devido a citação de investigados com foro privilegiado no processo. Por sua vez, o STF não confirmou a existência do processo, já que colaborações premiadas devem ocorrer de forma sigilosa.