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Denunciado, Temer cita ex-assessor da PGR e insinua favorecimento da JBS a Janot

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Denunciado, Temer cita ex-assessor da PGR e insinua favorecimento da JBS a Janot

O presidente Michel Temer fez um pronunciamento na tarde desta terça-feira (27) se defendendo das acusações feitas pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janos. Assim como no discurso feito após as delações do empresário Joesley Batista, o peemedebista minimizou as acusações feitas contra ele e criticou Janot. [Leia mais]

Denunciado, Temer cita ex-assessor da PGR e insinua favorecimento da JBS a Janot

Foto: Beto Barata/PR

Por: Laura Lorenzo no dia 27 de junho de 2017 às 16:30

O presidente Michel Temer fez um pronunciamento na tarde desta terça-feira (27) se defendendo das acusações feitas pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Assim como no discurso feito após as delações do empresário Joesley Batista, o peemedebista minimizou as acusações feitas contra ele e criticou Janot.

'Um assessor muito próximo ao Procurador-Geral da republica [Rodrigo Janot], e dou seu nome, e dou porque o meu foi usado deslavadamente na denúncia. Por isso dou o nome desse assessor do procurador, chamado Marcelo Miller. Homem da mais estrita confiança do Procurador-Geral. Este senhor deixa o emprego que é o sonho de milhares de jovens advogados para ir à empresa que faz delação premiada. Ganhou milhões em poucos meses, o que talvez levaria décadas para poupar. Garantiu ao seu novo patrão, a empresa que o contratou, um acordo benevolente, um acordo que tira seu patrão das garras da justiça, que gera uma impunidade nunca antes vista. E tudo ratificado pelo Procurador-Geral da república', alegou o peemedebista.

'Pelas 'novas leis penais' desta ilação, poderiamos concluir que esses milhões de honorários não fossem unicamente para o assessor que deixou a procuradoria para trabalhar nessa matéria', falou, numa clara menção a um possível favorecimento financeiro da JBS a Janot.

Temer referiu-se ao ex-procurador da República Marcelo Miller, um dos principais braços-direitos de Janot no Grupo de Trabalho da Lava Jato até março deste ano, que passou a atuar neste ano no escritório que negocia com a Procuradoria Geral da República os termos da leniência do grupo JBS, que fechou acordo de delação premiada na operação.

Ainda em seu pronunciamento, Temer afirmou estar tranquilo e não ter preocupações quanto as acusações feitas contra ele. 'Vocês sabem que sou da área jurídica e não me impressiono com os fundamentos ou quem sabe até a com falta de fundamentos jurídicos. Sei quando a matéria é substanciosa, quando tem fundamentos jurídicos e quando não tem. Sob o foco jurídico, a minha preocupação é minima', disse.