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Gilmar Mendes critica investigações da Lava Jato:\'Expandiu-se demais\'

Política

Gilmar Mendes critica investigações da Lava Jato:\'Expandiu-se demais\'

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse nesta segunda-feira (19), num evento em Recife, em referência à Lava Jato, que “expandiu-se demais a investigação, além dos limites”. Ele também criticou 'arranjos' e 'ações controladas', 'que têm como alvo muitas vezes qualquer autoridade ou o próprio presidente da República'. [Leia mais...]

Gilmar Mendes critica investigações da Lava Jato:\'Expandiu-se demais\'

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Por: Matheus Simoni no dia 19 de junho de 2017 às 15:16

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse nesta segunda-feira (19), num evento em Recife, em referência à Lava Jato, que “expandiu-se demais a investigação, além dos limites”. Ele também criticou 'arranjos' e 'ações controladas', 'que têm como alvo muitas vezes qualquer autoridade ou o próprio presidente da República'. As declarações aconteceram no evento do Grupo de Líderes Empresarias de Pernambuco (LIDE Pernambuco).

Para o ministro, é necessária a investigação, mas sem um 'abuso'. 'Não se combate crime, cometendo outro crime. E é preciso que a sociedade diga isso de maneira clara. Estado de direito não comporta soberanos. Todos estão submetidos à lei', declarou o ministro.

Mendes também afirmou que 'é preciso colocar limites” às investigações e que “não podemos despencar para um modelo de estado policial, como também não se pode cogitar de investigações feitas na calada da noite'. Ele também criticou a ideia de que juízes e promotores poderiam ocupar o lugar de políticos.

'É preciso que se respeite o Congresso Nacional. É preciso que se respeite a política. Vamos abominar, sim, as más práticas, mas não se faz democracia sem política e sem políticos. E isto precisa ser reconhecido e reconhecido pelas instituições”, afirmou. “Os autoritarismos que nós vemos aí já revelam que nós teríamos, não um governo, mas uma ditadura de promotores ou de juízes', disse.