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Domingo, 24 de março de 2024

Política

Fachin dá prazo de três dias para PF se manifestar sobre nova transferência de Loures

O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, deu prazo de três dias para que a Polícia Federal se manifeste por escrito sobre um novo pedido de transferência do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor do presidente Michel Temer, preso desde o começo de junho. [Leia mais...]

Fachin dá prazo de três dias para PF se manifestar sobre nova transferência de Loures

Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Por: Laura Lorenzo no dia 17 de junho de 2017 às 16:05

O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, deu prazo de três dias para que a Polícia Federal se manifeste por escrito sobre um novo pedido de transferência do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor do presidente Michel Temer, preso desde o começo de junho. Loures é investigado no mesmo inquérito de Temer, por suspeita de atuar como intermediário do presidente para assegurar interesses da empresa JBS no governo em troca de propina.

A defesa de Loures, que estava no Presídio da Papuda, alegou na semana passada que o ex-deputado corria risco de vida e pediu prisão domiciliar ou escolta policial dentro do presídio. O ministro Fachin, entretanto, determinou a transferência de Loures para a superintendência da PF e ordenou que os policiais assegurassem a integridade física dele. A defesa do ex-deputado, contudo, voltou a argumentar ao ministro alegando que ele está agora em cela de isolamento, sem condições mínimas de saúde, como banho de sol e higiene pessoal, e que o local não possui sequer banheiro, 'direitos mínimos do custodiado'.

Por isso, o ex-deputado afirmou que preferia voltar para a Papuda 'por sua conta e risco', com recomendações para que a penitenciária desse atenção especial à sua segurança, ou ser transferido para o 19º Batalhão da Polícia Militar, onde ficam detidos policiais. No entendimento de Fachin, contudo, a segurança de um custodiado é dever do Estado, ainda mais diante de ameaças, e por essa razão ele preferiu ouvir a PF sobre o que seria mais adequado para assegurar a integridade de Loures.