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Escritora comenta terceiro volume de livro: "Obra cheia de memórias"

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Escritora comenta terceiro volume de livro: "Obra cheia de memórias"

A escritora e historiadora Mary Del Priore falou sobre seu novo livro, o terceiro volume de "A História da Gente Brasileira", que conta a primeira etapa da República brasileira, através das memórias das pessoas que viveram as mudanças políticas, econômicas, sociais e comportamentais pelas quais o Brasil passou no período entre 1889 e 1950. [Leia mais...]

Escritora comenta terceiro volume de livro: "Obra cheia de memórias"

Foto: Divulgação

Por: Matheus Morais no dia 11 de setembro de 2017 às 12:34

Atualizado: no dia 11 de setembro de 2017 às 12:59

A escritora e historiadora Mary Del Priore falou sobre seu novo livro, o terceiro volume de "A História da Gente Brasileira", que conta a primeira etapa da República brasileira, através das memórias das pessoas que viveram as mudanças políticas, econômicas, sociais e comportamentais pelas quais o Brasil passou no período entre 1889 e 1950. Entre os memorialistas estão os escritores Zélia Gattai, Erico Verissimo e José Lins do Rego. "O sentimento do memorialista é verdadeiro. Todo mundo acha, por exemplo, que o primeiro carro que chegou ao Brasil teria sido importado por Santos Dumont, mas não. O primeiro carro que chegou ao Brasil foi de um soteropolitano, Antônio Rocha. Era uma carro de cinco rodas, que subiu a Ladeira da Conceição em 1871. Então, a Bahia teve carro antes de São Paulo", disse Mary em entrevista à Rádio Metrópole, na tarde desta segunda-feira (11).

Na oportunidade, a escritora contou ainda que descobriu um memorialista chamado José Santana, dono da rede de farmácias Sant"Ana. Segundo ela, o empresário relatou boas histórias. "Ele falou da inteligência dos professores do ginásio na Bahia. Ele disse que sofria preconceito às avessas, porque os professores eram todos negros e ele achava que todo branco era burro e os negros inteligentes. Eu achei esses memorialistas lendo, pesquisando. Esse volume traz essas memórias. Eu termino em Juscelino Kubitschek, que é onde começa o quarto volume, que deve ser lançado no ano que vem", explicou.

Para Del Priore, a ditadura de Getúlio Vargas foi o período abordado no livro que mais marcou. "Teve também o impacto da chegada das novas tecnologias como o rádio, que chega ao Brasil, além da passagem do cinema mudo para o cinema falado", citou.