Centenas de índios acampam no CAB e cobram atenção aos programas sociais para as tribos

Cerca de 500 índios, de 22 tribos da Bahia stão acampados no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. Eles chegaram na manhã desta segunda-feira (29) e pretendem ficar até o dia 31 de maio. São caciques, lideranças sociais, ONGs indigenistas e representantes de organizações indígenas do estado, que cobram acesso à educação nas tribos, demarcação de terras indígenas e reclamam da violação dos seus direitos. 

No acampamento, eles vão discutir entre si sobre demarcação dos Territórios Indígenas (TI), saúde, educação, violações dos direitos, política indigenista e outras temáticas. Coordenada pelo Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba), a abertura oficial acontece nesta segunda. Nos dias 30 e 31, serão realizadas ainda atividades como mesas redondas, palestras, grupos de trabalho e encontros culturais ao lado da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), sempre das 7h às 18h.

O acampamento é uma  iniciativa  do Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba), entidade que reúne 143 comunidades indígenas de 22 etnias sendo elas: Tupinambá, Pataxó, Pataxó Hã-hã-hã-e, Kiriri, Tuxá, Tumbalalá, Atikum, Pakararé, Kaimbé, Pankarú, Pakararú, Xukuru-Kariri, Kariri-Xóco-Fulni-ô, Funi-ô, Potiguara, Tapuia, Kambiwá, Kapinawá, Xacriabá, Payaya, Kantaruré e Tuxi, totalizando um contingente de mais 56.800 indígenas, distribuídos em 33 municípios.