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Criminalista diz que determinação da Polícia Federal é 'excrescência'
Entrevistado na tarde desta segunda-feira (24) na Rádio Metrópole, o advogado criminalista Gamil Föppel criticou o descumprimento de ritos processuais, comum nos tempos atuais, diante da pressão da opinião pública. [Leia mais...]
Foto: Divulgação
Entrevistado na tarde desta segunda-feira (24) na Rádio Metrópole, o advogado criminalista Gamil Föppel criticou o descumprimento de ritos processuais, comum nos tempos atuais, diante da pressão da opinião pública. De acordo com o advogado, a busca por dar respostas à população muitas vezes cerceia e torna mais difícil que o advogado exerça o direito da forma prevista no Código de Processo Penal.
'Isso [que vou dizer] faz parte dessa estrutura de violação de direitos fundamentais desrespeitas as prerrogativas de advogados. Vou dar um exemplo bem simples: um direito mínimo que o advogado tem é de ter acesso à autos de investigação. E aqui na Superintendência da Polícia Federal da Bahia — e nenhum desrespeito à Polícia no que digo — há um provimento que, para um advogado ter acesso a autos de inquérito policial, ele precisa peticionar com 72 horas de antecedência. Mesmo que o inquérito esteja lá, o delegado esteja lá, o escrivão esteja lá. Isso não tem fundamento legal. Isso é uma excrescência. Um absurdo', criticou.
O advogado lembrou e criticou ainda um posicionamento tomado pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamacchia, sobre a Operação Lava Jato. 'Me causou bastante estranheza um oficio feito pelo presidente nacional da OAB requerindo que a ministra presidente do Supremo [Tribunal Federal, Carmem Lúcia] acelere os processos da Operação Lava Jato. O Supremo tem 'n' processos pendentes em julgamento. Por que a predileção por este processo em particular? Não há outros processos importantes que estão pendentes? É só esse que processo importante que o Supremo tem? Então é necessária a voz do equilíbrio. A busca do equilíbrio é algo fundamental', completou o advogado.
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