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Mesmo com promessa, bueiros que viram crateras ainda são rotina em Salvador

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Mesmo com promessa, bueiros que viram crateras ainda são rotina em Salvador

“Acho que todos os motoristas de Salvador já caíram. Eu, inclusive”. A afirmação é do publicitário Rafael Mira, de 25 anos, vítima dos buracos causados pelo desnível entre as tampas de bueiros e o asfalto na capital baiana. A situação se tornou um transtorno no dia a dia do soteropolitano e ainda provoca prejuízos. [Leia mais...]

Mesmo com promessa, bueiros que viram crateras ainda são rotina em Salvador

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Camila Tíssia no dia 30 de outubro de 2016 às 16:00

“Acho que todos os motoristas de Salvador já caíram. Eu, inclusive”. A afirmação é do publicitário Rafael Mira, de 25 anos, vítima dos buracos causados pelo desnível entre as tampas de bueiros e o asfalto na capital baiana. A situação se tornou um transtorno no dia a dia do soteropolitano e ainda provoca prejuízos. 

“Já tive um pneu detonado na Barra, em um dia de chuva, por conta de um [deles]. Até tirei fotos para tentar correr atrás do prejuízo com a Prefeitura, mas é tanto ‘mimimi’ que, diante do valor, vale mais a pena pagar e ficar quieto. Pagamos um IPVA caríssimo que até hoje eu me pergunto: ‘Pra que serve esta porcaria?’”, completou Rafael. 

A Metrópole rodou a cidade e encontrou vários dos buracos criados pela própria Prefeitura.

“O mais difícil é acharmos um lugar que não tenha”
Os estragos podem ser maiores, como amortecedores quebrados e rodas empenadas. No caso da publicitária Andrea Reis, de 30 anos, o prejuízo foi a pintura e polimento. “Meu carro ficou amassado na lateral e fez um barulho horrível que eu nem consegui tirar o carro do lugar. Meu marido que assumiu o volante. Na época, caí em um ali próximo à Cantina Montanari, na Boca do Rio”. relatou a moça.

Eles não são os únicos que reclamam dos obstáculos, que pode também causar acidentes. “Temos que fazer zigue-zague para não cairmos e nem sempre dá, por ter carros ao lado. O mais difícil mesmo é encontrarmos um local que não tenha. Próximo à Igreja Universal do Iguatemi mesmo, tem um que parece uma cratera”, contou o técnico em administração Fábio Almeida, de 41 anos.

Promessa não cumprida
O pior é que este é um problema antigo. Em janeiro de 2014, o secretário de Infraestrutura de Salvador, Paulo Fontana, garantiu à Metrópole que tudo seria resolvido. “Tenho reunião amanhã [7 de janeiro de 2014] sobre esse assunto. Você [MK] veja que, na Av. Paulo VI, suspendemos quase tudo, faltam quatro caixas. Eu mesmo estive pessoalmente na pista. Na orla, tem três caixas que precisam ser levantadas... Não se preocupe: (...) se deixarem uma caixa de bueiro sem pescoço, a gente não vai pagar”, falou.

Pouco mais de dois anos depois da promessa, a equipe da Metrópole procurou Fontana, que não foi encontrado para comentar a reportagem.