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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Brasil

Desembargadora nega arrependimento em declaração sobre Marielle

A desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, negou estar arrependida de ter feito comentários em redes sociais ligando a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada na semana passada, ao tráfico de drogas. Em entrevista publicada hoje ao jornal O Dia, ela afirmou que fez as declarações como "cidadã". [Leia mais...]

Desembargadora nega arrependimento em declaração sobre Marielle

Foto: Reprodução//Renan Olaz/CMRJ

Por: Matheus Simoni no dia 19 de março de 2018 às 14:19

A desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, negou estar arrependida de ter feito comentários em redes sociais que associavam a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada na semana passada, ao tráfico de drogas.

Em entrevista publicada hoje ao jornal O Dia, ela afirmou que fez as declarações como "cidadã". Pelo Facebook, a magistrada publicou na sexta-feira (15) que Marielle estava "engajada com bandidos" e que havia sido eleita pela facção criminosa Comando Vermelho. A declaração gerou protestos nas redes sociais e chegou a movimentar familiares da vereadora, que apoiaram uma representação do PSOL ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Questionada pelo jornal, Castro Neves disse não conhecer Marielle e que apenas havia replicado um comentário que tinha visto na página de amigos. "Em momento algum me referi ao meu cargo. Ali eu estava discutindo como uma cidadã comum que paga imposto e que lê o Facebook", disse ela, ao jornal O Dia.

"Por que eu deveria me arrepender de ter feito um comentário? É só um comentário reproduzindo um outro. Eu não estou me sentido culpada por nada. Eu não criei o comentário. Se é boato, se alguém criou, o autor da criação que pode estar ou não arrependido", declarou. 

Em nota enviada ao jornal após a entrevista, ela afirmou que o comentário reproduzia "informações disponíveis na mídia e que, até então, não haviam sido contestadas nem pelo PSOL, nem pela família da vereadora, ou por quem quer que seja."