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Banco Mundial sugere que governo acabe com o ensino superior gratuito para economizar

No relatório "Um ajuste justo - propostas para aumentar eficiência e equidade do gasto público no Brasil”, o Banco Mundial sugere que o governo deveria acabar com a gratuidade do ensino superior, para assim cortar gastos sem prejudicar os mais pobres. [Leia mais...]

Banco Mundial sugere que governo acabe com o ensino superior gratuito para economizar

Foto: Divulgação

Por: Laura Lorenzo no dia 21 de novembro de 2017 às 14:48

No relatório "Um ajuste justo - propostas para aumentar eficiência e equidade do gasto público no Brasil”, o Banco Mundial sugere que o governo deveria acabar com a gratuidade do ensino superior, para assim cortar gastos sem prejudicar os mais pobres. A proposta é que apenas os estudantes que estão entre os 40% mais pobres do país continuem sendo subsidiados.

Na sugestão do Banco Mundial, os alunos de renda média e alta poderiam pagar pelo curso depois de formados e, durante a faculdade, eles acessariam algum tipo de crédito, como o Fies. A proposta foi feita depois que o estudo realizado apontou que 65% dos estudantes das instituições de ensino superior federais estão na faixa dos 40% mais ricos da população.

Os gastos do governo com ensino superior equivalentes a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), e tem crescimento anual de 7% em termos reais, o que é acima da média mundial. “As despesas com ensino superior são, ao mesmo tempo, ineficientes e regressivas”, afirma o relatório. Segundo o Banco Mundial, sua proposta poderia economizar cerca de R$ 13 bilhões ao ano nas universidades e institutos federais e R$ 3 bilhões nas estaduais.

A ideia seria instituir a cobrança de mensalidades, além de os gastos por aluno terem como limite o valor gasto pelas instituições mais eficientes. As menos eficientes teriam, assim, de ajustar suas despesas. Mas a principal proposta para enxugar os gastos é aumentar a quantidade de alunos por professor, ou seja, não repor os professores que deixam o sistema. Com isso, a economia seria de R$ 22 bilhões.