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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Bahia

Internos da Case de Feira de Santana fazem rebelião e dois agentes são mantidos reféns

Internos de um dos alojamentos da Comunidade de Acolhimento Sócio Educativa Zilda Arns (Case), em Feira de Santana, fizeram uma rebelião por cerca de uma hora na manhã desta segunda-feira (11). O motivo do motim seria o atraso na alimentação. Ninguém ficou ferido. [Leia mais...]

Internos da Case de Feira de Santana fazem rebelião e dois agentes são mantidos reféns

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Por: Paloma Morais no dia 11 de dezembro de 2017 às 16:30

Vinte e quatro internos de um dos alojamentos, chamado Ana Brandão, da Comunidade de Acolhimento Sócio Educativa Zilda Arns (Case), em Feira de Santana, fizeram uma rebelião por cerca de uma hora na manhã desta segunda-feira (11). Ninguém ficou ferido.

Ao site Acorda Cidade, o diretor do Sindicato dos Agentes Disciplinadores e Socioeducadores (Sindap), Zito Santos, contou que dois agentes foram feitos reféns. A Polícia Militar foi acionada e conseguiu contornar a situação. Eles ainda subiram no teto do local e quebraram equipamentos na ação.  

“Já foi devidamente controlado e já está tudo apascentado. Por conta da falta de energia, atrasou a alimentação, segundo informações que estou colhendo, e o refeitório teve que dar uma parada para arrumar. Por conta disso se rebelaram”, disse. 

Por meio de nota, a Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), afirmou que os detentos fizeram reivindicações que não podem ser atendidas, "por ferirem o regimento interno da unidade e as normas e procedimentos padronizados de funcionamento das unidades de cumprimento de medida socioeducativa da Fundac". Dentre as reivindicações, estão pedidos de alimentação e roupas trazidas por visitantes, cortes de cabelo que os identifique como integrantes de grupos específicos e ausência de revista em familiares e visitantes.

De acordo com Zito, o número de socioeducadores na casa de acolhimento é abaixo do ideal, o que dificulta o trabalho de manter a ordem no local. “O efetivo está muito abaixo do indicado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Para cada adolescente deveria ter um socioeducador. Eles são perigosos, têm consciência dos direitos deles, mas de forma nenhuma reconhecem os deveres e se aproveitam de qualquer oportunidade para fazer esse tipo de movimento. Nossos companheiros se desdobram, cumprem com rigor as atribuições que lhes são delegadas, mas o baixo efetivo dificulta na fundamental manutenção da ordem na unidade”, contou.

Ainda segundo a Fundac, o procedimento padrão, agora, é a criação de uma comissão interna para apurar o incidente e tomar as providências administrativas cabíveis.