Bahia
Estudantes são expulsos de universidade por suspeita de fraude em cotas quilombolas
Sete estudantes dos campi da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) de Vitória da Conquista e Jequié foram expulsos da instituição por suposta fraude em cotas reservadas aos quilombolas. Entres os estudantes, cinco eram de medicina, um de direito e outro de odontologia. Todos eles são naturais de Livramento de Nossa Senhora, na Chapada Diamantina. [Leia mais...]
Foto: Reprodução / Facebook
Sete estudantes dos campi da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) de Vitória da Conquista e Jequié foram expulsos da instituição por suposta fraude em cotas reservadas aos quilombolas. Entres os estudantes, cinco eram de medicina, um de direito e outro de odontologia. Todos eles são naturais de Livramento de Nossa Senhora, na Chapada Diamantina.
O Diário Oficial do Estado publicou o cancelamento da matrícula, no dia 10 de junho, e os alunos deixaram de frequentar as aulas nesta semana. Alguns deles recorreram da decisão na Justiça, de acordo com informações do Jornal Folha de São Paulo.
Os estudantes que têm direito a cotas precisam apresentar um laudo de que são originários de regiões de antigos quilombos. De acordo com a constatação da universidade, os alunos fizeram uma falsificação desse laudo.
Os supostos casos de fraudes nas cotas quilombolas são resultados de uma investigação do Ministério Público Estadual que teve início em 2014 em Vitória da Conquista contra uma estudante de medicina, que confessou a fraude em 2016 e condenada pelo crime. Após sua condenação, grupos quilombolas da Bahia fizeram denúncias contra outros 34 estudantes de três universidades públicas, a UESB, a UEFS e a UFBA. Entre esses 32 estudantes estava o grupo dos sete estudantes expulsos esta semana.
Após essas denúncias, o Ministério Público e as universidades passaram a investigar e apurar o assunto. A investigação criminal, concluída este mês, teve como principal alvo a presidente da Associação do Desenvolvimento Comunitário, Cultural, Educacional e Social do Quilombo da Rocinha e Região, Maria Regina Bonfim, acusada de dar os atestados falsos aos alunos que usariam para entrar em universidades por meio de cotas.
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